Artigo: Enquanto isso, fora de Gotham City... os recrutadores.

Data: 23/03/2016

 

Dias desses, conversando com o meu sobrinho ele mencionou sobre a estreia do filme de um novo personagem em quadrinhos. Animadamente, Vitor ia me contando as façanhas deste e de outros  personagens com poderes mirabolantes. A cada nome que ele citava, minha sobrancelha arqueava e eu pensava comigo mesma que, talvez, seria divertido me atualizar e assistir aos títulos mais recentes, onde cada herói tem características peculiares. Muitos deles podem até não ser tão novos assim, mas certamente não são da minha época.

Mesmo assim, independente do ano de lançamento, numa análise macro, a essência destas narrativas é sempre a linha tênue entre o bem e o mal, a força dos heróis para combater os vilões. Dificilmente todos estão buscando o mesmo. Como gosto muito de analogias, resolvi usar o tema de um dos meus personagens em quadrinhos favorito, para transmitir a minha mensagem.

Por força do meu trabalho, relaciono-me, quase que, diariamente, com profissionais em busca de vagas no mercado de trabalho. Constantemente, ouço comentários nem tão positivos sobre situações ligadas ao árduo exercício de conseguir emprego. Coisas do tipo: não recebi retorno ou ligo várias e várias vezes sem obter resposta alguma, ou então, a resposta foi muito ríspida e aí por diante. 

Já passei pelo desafio de me recolocar no mercado de trabalho e sei como é doído lidar com o mercado e a nossa expectativa. Relembrando esta fase da minha vida, a minha sensação era a de que parecia haver heróis e vilões. Como se houvesse uma Gotham City, onde reinava um duelo entre um lado bom e o outro nem tanto. E eu, claro, a heroína buscando emprego. 

Talvez, a maturidade estimule uma visão diferente sob o mesmo fato. Hoje, a minha crença é a de que todas as pessoas, em graus e maturidade diferentes, sempre buscam dar o melhor de si. Sempre querem fazer o melhor que podem. E é assim, tanto com os candidatos quanto com os profissionais qualificados que os contratam.

Resolvi conversar com headhunters, profissionais de RH e coachs de carreira, para entender um pouco sobre os processos seletivos, como buscam candidatos, as demandas dos clientes e, claro, sobre conselhos aos profissionais que estejam em transição de carreira. 

Ao todo, foram mais de 6 entrevistas, com depoimentos riquíssimos e cheio de valor agregado, vindos de especialistas em recrutamento, gestão de pessoas e orientação de carreira. Na estreia desta coluna, trago um super depoimento de Leyla Berns, Diretora da Link Talentos, uma empresa, da região sul do país, cuja missão é “conectar pessoas e negócios com brilho nos olhos”. 

Particularmente, gosto da parte em que Leyla utiliza as palavras cuidado e zelo para aconselhar candidatos quando forem se candidatar à determinada posição, ou no processo para localizar uma vaga que seja adequada ao perfil. Outro ponto de destaque é quando ela relata o que mudou na demanda dos clientes que a contratam para recrutar candidatos:\" Hoje os clientes buscam pessoas que entreguem resultados e que estejam engajadas com a proposta...\"

Para mim foi um exercício interessante conhecer mais sobre os desafios e dificuldades dos profissionais que têm a missão de encontrar talentos para as empresas. Meu desejo é que este e os próximos relatos possam, efetivamente, promover aproximação e engajamento entre recrutadores e candidatos. Assim, lados opostos continuariam a compor apenas o cenário das histórias em quadrinhos. Na vida real, fora de Gotham City, há um  único lado, onde todos estejam buscando fazer o seu melhor.

Meu carinhoso agradecimento à Leyla Berns, por ter dedicado tempo para participar, brilhantemente, desta coluna. 

Na próxima semana, publico a entrevista concedida por um Headhunter. Se gostou deste artigo e acredita que possa ser de interesse de outras pessoas, compartilhe com a sua rede. E claro, seu comentário é muito bem-vindo.

 

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